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Tempo... Tempo... Tempo...

É o tempo mutável e incerto
Onde, nem de longe nem de perto,
O consigo apanhar.
Sinto-lhe o sincronizar
Fora de mim.
Sorrio assim
Às dores inerentes,
Sempre presentes,
Que me invadem a mente.
Sou simplesmente
Um grão na sua dimensão
Onde um mero não
Me faz sentir ínfimo.
Detesto-lhe o íntimo:
A sua fuga do meu espaço
Onde me trespasso
E no entanto...sou dele!
Entrego-lhe o meu fado
Esse fado que me aflige a pele
E me deixa mudo, calado...
Levo no vento
Um lamento:
Sinto-lhe a dimensão
Desfasada,
Magoada
Que levo na mão
E afago.
Diz-me o tempo em vão
Que me apago.
Oh! Distinta amargura!
Alma pura!
Sinto o tempo de tal forma
Que de tão longe me cumprimenta...
E no entanto tomo-lhe a forma
Do querer que me acalenta.
Tempo de momento
Sal é condimento
Tempos infinitos
Em doces minutos... (Hugo Pereira)
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