o Sin gula r

domingo, 16 de março de 2008

REFLEXÕES (IV)


Eu sinto que nasci para o pecado, se é pecado, na Terra, amar o Amor; anseios me atravessam, lado a lado, numa ternura que não posso expor.
Filho de um louco amor desventurado, trago nas veias lírico fervor, e, se meus dias a abstinência hei dado, amei como ninguém pode supor.
Fiz do silêncio meu constante brado, e ao que quero costumo sempre opor o que devo, no rumo que hei traçado.
Será maior meu gozo ou minha dor, ante a alegria de não ter pecado e a mágoa da renúncia deste amor?!...

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