Não sei o que acontece aqui dentro. Ontem não choveu, nem ventou. Mas faltou ar... Faltou luz e faltou chão. Eu me mantive plantado como mato verde na cadeira a mofar enquanto me via ceder lugar e encubar aquele vírus. Sabia que em horas poderia estar doente, ou pior, apaixonado.
Justo eu que sou tão inescrupuloso em minhas críticas quanto a essa fraqueza, sim, é assim que considero tal estado. Mas não é um mero estado de fraqueza, é um ataque em potencial à individualidade e ao bom senso dos pensantes. Acredito que o número de frustrações que um indivíduo com idade média de 30 anos (hoje até menos) bastam para acrescentar a um bom julgamento um 'quê' de descrença e desprezo aos caídos em paixão.
É bom ser justo, então julgar-me-ei apenas como 'fascinado pelas novas luzes e sons'. De ontem para hoje fui atormentado por mariposas e ouriços em minhas entranhas... Sonhos felizes e pessoas sorrindo, eu era uma delas. Reconheci rostos que nunca vi, mas as vozes... Aquela voz era... Tão familiar e estranha ao mesmo tempo.
A ânsia continua a se mover como um enxame maciço e sonoro de abelhas. Sempre ansioso, mesmo quando ocioso, mas nunca me acostumei a esse incômodo. Acordei calado.
H.P.
2 comentários:
Acredito que essa espera chegou ao fim!!!Que bom que a ânsia passou, agora resta viver o agora.
É realmente muito bom tudo isso que estou vivendo. São os melhores dias de uma vida.
H.P.
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