o Sin gula r

domingo, 14 de dezembro de 2008

How did we get here?


Isso mesmo, como foi que chegamos aqui?

Ontem: bebidas, amigos, música, inebriação, saudades, confusão em mim.

Você veio, sem aviso, apesar de ter me ligado... Mas eu não te esperava. Já havia perdido o sono e a fé de tanto pedir a Deus no céu que alguém no chão me mostrasse onde você estava. E você aparece, me entorpece e me faz dizer 'eu te amo' mais uma vez. Donde você saiu? Porque demorou tanto? Que fim queria que eu levasse? ... São tantas perguntas, meu Deus... Daria alguns dias para você responder, mas agora não vale mais a pena, eu só não preciso mais saber.

Quase um mês, pouco tempo (?), mas tudo aquilo já havia parado de sangrar. Vez por outra, à noite, só chorava, mas pegava no sono e pela manhã nem lembrava de você. Se chovia? Claro! Todas as manhãs, chovia pouco, mas chovia.

Aquela parede? Sua mão ainda está lá, e eu a odiava a cada 'h17:13'. Desde ontem não a vejo. Os e-mails, trecos e coisas escritas à mão estão (ainda) todos na gaveta mais escondida do armário. Por muito tive vontade de abri-la e revirar aqueles cheiros e texturas, mas te procurar onde se não AQUI dentro de mim?! Era tudo tão fácil e de súbito o mundo vira: das respostas todas que eu tinha, roubaram-me as perguntas e o que sobrou...? Sobraram as músicas, as palavras não escritas. Apesar do todo, sobrou muita coisa.

Mas e você, fale-me sobre você agora. Faz tanto que não te vejo que ontem à frente de casa, quase não pude (ou não me permiti) acreditar que VOCÊ estava lá, aqui, perto de mim.

As palavras não vão além daqui, mas eu quero você, eu sei disso. Por dias odiei-me por te amar, mas e agora...?

H.P.

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