O lixo que eu mesmo jogo quando levanto, ainda zonzo, e percebo que desistir não acrescenta nada além de um ponto em negrito na minha estória mal escrita.
A condução que tomo quando vou à Academia, o preto amargo que bebo no Café do campus, o fumo urticante das horas insones: companheiros insossos de tempos sem fins. E de repente uma vontade íntima e sublime...
Inacessível como alguém estaria, assim, tão EU. Sinto-me lisonjeado com minha própria fascinação por mim mesmo agora. Como um homem de sangue quente e ralo.
Eu sempre quis um objeto para desejar, algo fora de mim, contudo, meu. Mas isso por vezes se mostra (e é) 'o inacessível'. O que não é permitido... Um infeliz deslize da vida e tem-se jogos sem fim, rodadas que não podem acabar por falta de peças. Os deuses da terra devem achar isso estranhamente excitante, assistir 'o inabalável singular' sofrendo. Deve ser meio difícil assumir e dizer dizer que o pastor precisa aprender da terra.
O pouco faz-se muito e inacessível, impermissivo. Como um territorio não mapeado, nonde não há bússola que possa situar, nem estrela orientar. Eu devo parecer muito intrigante.
Falam das minhas paixões, dos meus poucos amores como se já tivessem me experimentado ou a isto, antes. Mas isto não é permitido!
De repente, vejo a mim mesmo qual 'o inacessível' e agora, num deslize, o infeliz. O que há de digno?
Viver, amar, chorar, perder, sangrar, gritar, aflingir, sufocar, rir, escolher, perguntar, aprender... aprender.. aprender a viver.
H.P.
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