o Sin gula r

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sem fim.

Ando, ando e fileiras de casas todas dirigem-se a mim, vazias. Eu sinto as tristes mãos dela me tocando. Ainda ando e todas essas coisas de todas as formas são na verdade tão perenes (ou eu que sou voraz?). Todas essas coisas hão de um dia ser tragadas por nós... Tudo desvanece denovo e mais nada.

Daqui à poucos essa máquina não comunicará mais, será só metal e carbono. Aqueles e estes pensamentos não serão nem meus, nem seus. E a pressão que nos submete já não mais será. Será um mundo infantil, contudo, sem crianças. Formarcião círculos antes que todos sucumbam. E tudo se desvanece novamente, e de novo...

Ovos quebrados, pássaros mortos gritam como se lutassem pela vida. Eu posso sentir a morte, posso ver seus olhos redondos e brilhantes. Todas aquelas coisas em fruição, tragaremo-as por completo.

E por fim, não restará nem o nada, nem o vazio.


H.P.

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