o Sin gula r

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Anunciação do nascimento da loucura



    
    Numa terça-feira de outono, no dia 24 de janeiro do ano 1989, aproximadamente às 19h, o Sol viajava sobre mim, sobre a agitação e revolução de Aquarius. A divina loucura ganhava um corpo.

    Eu sou o décimo primeiro da roda zodiacal. Eu sou o homem que revê a vida e seus valores. Para mim a tradição que seguia-se até então, agora é como uma torre oca e inútil. Não há sentido em mantê-la. Mas isto não significa que me preocupo com o que o mundo pensa. Já tenho a experiência necessária para apreciar o mundo com um tempero a mais de justiça e igualdade. Mas para atingir plenamente este objetivo, rebelar-me-ei, se preciso, e liderarei outros em torno de minhas idéias.

    Sou a renovação, a revolução e a nova ordem dos princípios. Tudo o que foi construído por capricórnio será reformulado e terá suas estruturas adaptadas por mim.

    Resumo-me: EU RENOVO.

 Possuo um temperamento excêntrico, determinado e teimoso. Muitas vezes serei incompreendido por minhas idéias exóticas e originais. Por estes motivos poderei ser visto como um rebelde e é possível que os olhos secos não dêem credibilidade às minhas ações e opiniões... Apesar disto ser irrelevante.

    Em mim não há afetação ou esnobismo, mas uma aversão à imitação ilegítima e à hipocrisia. É simples, hajo como um igual dentre meus iguais. A fraternidade, a liberdade e a igualdade são meus pilares mais firmes. Desejo ser sempre livre.

    A liberdade é o meu maior bem, por isto abomino qualquer tipo de prisão, principalmente a emocional... Todavia imprevisível, para mim haverá sempre uma certeza, amarei ou odiarei radicalmente a coisa ou pessoa que me afetar.

    Tenho um leve desvio de atenção, mas é esta a coloração especial que me cobrirá: serei capaz de insistir em fórmulas ideológicas utópicas ou impraticáveis, sem conseguir pensar nas questões mais básicas e subjacentes aos problemas. Será este distanciamento da realidade o qual me proponho a arriscar-me durante a vida.

    Tenho uma constante necessidade de idealizar os valores tecnológicos de Urano e lógicos de Saturno como uma das alternativas de inserir-me misticamente no mundo e, como que por uma projeção, sensibilizar-me com tudo que leva à mudança entre os homens, seja socialmente ou individualmente; ganho por fim uma auto-estima vivida com relativa indiferença, pois vivo sempre no fio da navalha, tendo em jogo a sensação que a vida fundamenta-se num dever maior atribuído àqueles que dentre os chamados foram escolhidos. Se Freud me conhecesse diria que o meu objeto de desejo edipico seria Deus.

    Meu sorriso nem sempre significará felicidade, tão pouco minhas lágrimas profunda tristeza. Apesar de pacífica, a minha aparência de tranqüilidade é enganosa. Possuo uma usina dentro de mim e cada segundo meu são anos para os homens.

    Nasci para o amanhã e meu tempo é quando! Olho adiante, ignoro o presente e debocho meu passado. Eternizo-me como aquele que derrama misturados a água da vida e o inconsciente sobre o mundo sem molhar as mãos.

AIM SOPH AQUARIUS


H.P.'. 

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