o Sin gula r

domingo, 15 de abril de 2012

A rotina




A rotina. Um dia ela te pega e te cobra, com muita paciência, todos os anos de companhia da qual lhe serviu religiosamente. A partir daqui, mais nenhum deslise será perdoado, nenhuma fuga será licitamente possível, nem tão pouco haverá mais imprevisibilidade nos seus dias. Será daqui em diante qual uma mãe má, prendendo, digerindo sua cria dentro de suas paredes.

Respiro. O mesmo ar de ontem, antes de ontem, e de todos os outros dias antes deste. Sempre estive preso, portanto toda revolta é agora coisa besta e vã!


Respiro. Bebo um copo d'água. A água veio do mesmo rio de ontem.

Respiro.

Respiro.

Re-PIRO.


H.P.'.

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