Sou eu então o barco a naufragar. A fragata condenada ao lodo do fundo do mar.
Longe de mim ser pós-romântico, longe de mim pertencer a qualquer escola. Eu sou apenas mais um dos incompatíveis com a vida como ela se apresenta.
Faz algum tempo que não sei rir da piada avulsa, que não me interesso por quase nada que me dê prazer nesta vida.
Os amores? Amo muito, é quase certo que amar está para sofrer, e vice versa.
Ando tão desgastado, sinto meu casco retalhado pelas pedras que há muito estão lá atrás por onde passei, mas o estrago está aqui, meus rasgos, destroços flutuantes, idéias e planos à deriva.
Estou afundando em mim mesmo e não tenho a mínima idéia de como me salvar.
Não há salvação.
Talvez seja agora a hora.
Hugo Pereira
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Um comentário:
Estou afundo em mim, no começo achei que seria proveitoso mas no momento que fiquei sufocado por meus pensamento descobrir que era muito, muito as vezes não é bom.
Na busca do descobrimento do meu eu perdido esse eu que surge por tentativas de agradar aquele que hoje nem lembram da minha reles existência, existência essa que está afundando e nesse mar fundo de escuridão só surgem mais incertezas.
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