segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Devorador de homens
Saliva ferve, fogo nas ventas, olhos brasis. A língua dança devagar deslizando cortejos e rodopios lentos - brasa queimando no céu molhado - dentes como minúsculas placas tectônicas roçando e rangendo febris. Os olhos, que olhos, lambem a carne quente à distância, cada entrada, saída e bandeira, à distância. Homens não sonham a sua natureza, não veem bestialidade nos seus olhos de filho de Adão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário