Estrangeira e luminosa, a noite alumia minha cara, anunciando a sua sentença por dentre as grades da janela, lambendo os meus olhos e tateando o que não vejo no que sobra da penumbra. A luz dispensa toda sorte de enquadramento ou foco e nenhuma ideia, nada que se pense é negligenciado: tem-se a noite toda para toda sorte de pensamentos e tormentas; augúrios silenciosos nas noites outonais onde aqui são as máscaras e os homens que caem. Abrir a janela "para arejar a consciência" e encarar a brisa fria que gela minha careta e arrepia meus pêlos, não mais fria que o coração e o sangue que cá bem dentro viaja. Noites assim me lembram os terríveis pesadelos que já tive, a pior parte é que eu penso que estou acordado.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Cabeça alumiada (postado primeiramente no 'Notas de Rebentação')
Estrangeira e luminosa, a noite alumia minha cara, anunciando a sua sentença por dentre as grades da janela, lambendo os meus olhos e tateando o que não vejo no que sobra da penumbra. A luz dispensa toda sorte de enquadramento ou foco e nenhuma ideia, nada que se pense é negligenciado: tem-se a noite toda para toda sorte de pensamentos e tormentas; augúrios silenciosos nas noites outonais onde aqui são as máscaras e os homens que caem. Abrir a janela "para arejar a consciência" e encarar a brisa fria que gela minha careta e arrepia meus pêlos, não mais fria que o coração e o sangue que cá bem dentro viaja. Noites assim me lembram os terríveis pesadelos que já tive, a pior parte é que eu penso que estou acordado.
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