Quero você, inominável, novamente. Quero você como nunca o tive e como nunca o quis ter. Quero você para dar-lhe meus braços e pernas... Lábios e língua para quando houver de me beijar. Estou a beira de um ataque de nervos diante da situação na qual estou... Sobra-me pouco juízo, então, tome-me a loucura que me resta.
Meus sapatos desabotoados, o diário onde escrevo. Tudo aqui pode afirmar-lhe o que sinto e digo... Palavras. Te daria até meus suspiros para que você nunca fosse embora.
Porque você tem o nome o qual eu gostaria de por em lugar de ‘Sol’. Tenho mais fé em mim desde que te conheci e essa fé tem me movido para longe, até mais longe de onde nunca pisei, nem quis. Mas quando penso em você, perco o fio e a voz e agora penso que seja você que anda com ela bem segura nas mãos. E meus pés! O que nem digo deles... Não me obedecem quando teimo em levantar-me da cama.
Lembro de você.
Tenho vontade de chorar/rir inescrupulosamente. Penso que um dia você, memória, haverá de ir embora, e com essa xarla antiga, esse contentamento e sorriso que tens, temo o adeus que eu não consiga dar por possivelmente não acreditar que vá conseguir viver sem você. Coisa insana.
E se um dia, memória, tu decidirdes afastar-se daqui... Ah, eu fecharei todas as portas desta casa para que não vás. Acredito que manterei-me, propositalmente, de costas para a porta mais afastada, perto dos quadros e retratos teus para que possas olhar lá fora e, sem que eu note, quando quiser realmente e depois de tudo pensar, possas sair mesmo assim. Só lhe peço que grites quando/se o fizer: quero poder correr e chegar lá antes de você.
Caso não vás, cria de mim mesmo, lhe prometo meus silêncios e sentidos. Lhe prometo até a minha ultima rima e ossos, mas por favor, fique aqui.
Tenho tido bons motivos para sorrir aqui debaixo do céu. És tão livre quanto eu e isso me assusta, pois parece mesmo pecado prender nas mãos algo que a este chão não pertence.
O texto se perde e as rimas faz tempo que não acho.
Sinto-me tão egoísta quanto qualquer um.
H.P.
Meus sapatos desabotoados, o diário onde escrevo. Tudo aqui pode afirmar-lhe o que sinto e digo... Palavras. Te daria até meus suspiros para que você nunca fosse embora.
Porque você tem o nome o qual eu gostaria de por em lugar de ‘Sol’. Tenho mais fé em mim desde que te conheci e essa fé tem me movido para longe, até mais longe de onde nunca pisei, nem quis. Mas quando penso em você, perco o fio e a voz e agora penso que seja você que anda com ela bem segura nas mãos. E meus pés! O que nem digo deles... Não me obedecem quando teimo em levantar-me da cama.
Lembro de você.
Tenho vontade de chorar/rir inescrupulosamente. Penso que um dia você, memória, haverá de ir embora, e com essa xarla antiga, esse contentamento e sorriso que tens, temo o adeus que eu não consiga dar por possivelmente não acreditar que vá conseguir viver sem você. Coisa insana.
E se um dia, memória, tu decidirdes afastar-se daqui... Ah, eu fecharei todas as portas desta casa para que não vás. Acredito que manterei-me, propositalmente, de costas para a porta mais afastada, perto dos quadros e retratos teus para que possas olhar lá fora e, sem que eu note, quando quiser realmente e depois de tudo pensar, possas sair mesmo assim. Só lhe peço que grites quando/se o fizer: quero poder correr e chegar lá antes de você.
Caso não vás, cria de mim mesmo, lhe prometo meus silêncios e sentidos. Lhe prometo até a minha ultima rima e ossos, mas por favor, fique aqui.
Tenho tido bons motivos para sorrir aqui debaixo do céu. És tão livre quanto eu e isso me assusta, pois parece mesmo pecado prender nas mãos algo que a este chão não pertence.
O texto se perde e as rimas faz tempo que não acho.
Sinto-me tão egoísta quanto qualquer um.
H.P.
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